por Du Japonês,
Odilon Costa, o Mestre Odilon, é mais que conhecido no mundo
das baterias de samba ao redor do Brasil. Atualmente como “coordenador” na
Bateria “Não existe mais quente” da Mocidade Independente, Odilon acha que tem
muita coisa pra melhorar: “estava acertando as caixas, mas tem muito mais coisa
pra acertar, na minha visão, tenho que olhar todos os naipes”. Não esquece,
porém, de um detalhe: “a diferença é que aqui eu tenho que respeitar a opinião
do Dudu e Bereco (mestres). Já mostrei tudo que tem que ser feito”.
O andamento cadenciado é algo que Odilon luta há muito
tempo. Na Mocidade ele faz questão de enfatizar isso: “Bateria da Mocidade não pode correr, não fica bom. Se
eles acharem que tem que correr, vou deixar com eles”. E as bossas? “são conseqüência
de um bom ritmo. Vamos acertar ao máximo o ritmo, depois pensamos nas bossas”.
Mestre Odilon não esconde que
interferência externa no andamento da bateria o irrita a ponto de ser o motivo
maior de não querer voltar a comandar nenhuma bateria: “Olha, quando o diretor
de carnaval da Mocidade sentou comigo, falou que ate poderia escolher o
andamento, agora já não é a mesma coisa. Até na gravação do samba. Não tenho
mais saco pra isso”. E ainda fez uma
crítica a alguns ritmistas: “muitos se acham mestre”. Mas faz questão de
enfatizar que seu pagamento é em dia e os ritmistas de Padre Miguel o respeitam
muito.
Para Odilon, nessa briga de
andamento os diretores de bateria em geral saem perdendo: “A palavra de
ordem é ‘botar a bateria pra frente pra sermos campeões, o samba pra trás vai
arrastar’”.
Falando dos mestres atuais, os mais jovens. “Gosto do Marcone (ex-Imperatriz), Nilo (Portela), Riquinho (Ilha), Thiago Diogo (Porto da Pedra), Celinho (ex-Tijuca e atual Tuiuti)... Aílton (Mangueira) também... vários muito bons”. Falando em Mangueira, os jurados estão corretos? “A maioria está julgando certo, só a Mangueira que o julgamento foi errado”. A bateria da Mangueira no carnaval 2011 foi penalizada em menos um ponto por causa da sua "paradona".
Falando dos mestres atuais, os mais jovens. “Gosto do Marcone (ex-Imperatriz), Nilo (Portela), Riquinho (Ilha), Thiago Diogo (Porto da Pedra), Celinho (ex-Tijuca e atual Tuiuti)... Aílton (Mangueira) também... vários muito bons”. Falando em Mangueira, os jurados estão corretos? “A maioria está julgando certo, só a Mangueira que o julgamento foi errado”. A bateria da Mangueira no carnaval 2011 foi penalizada em menos um ponto por causa da sua "paradona".
Odilon gosta de inovações. Fala sobre o que trouxe de novo
pro samba: “Trouxe o corredor de bateria, antes ninguém fazia, bossa de caixa, no meio
entre a cabeça e o meio , bossa com duas macetas (baqueta para surdo com menos
espuma do que as convencionais). Bossa na cabeça do samba (começo do
samba-enredo) também, queria botar bossa aonde ninguém fazia antes...”.
Atualmente Odilon Costa vem
trabalhando numa segunda edição do “Batuque Carioca” e dá workshops ao redor do
Brasil, promovendo o samba pelo país.
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