por Cebola
O Baqueta Clube de Ritmistas, escola de percussão do Rio de Janeiro focada em instrumentos de escola de samba, publicou em sua página do facebook um link para o "manual do usuário" sobre a caixa de guerra. Bem legal!
http://pt.calameo.com/read/000421073f218d076f043
(Aconselho visualizar no modo "vista de ecrã inteiro")
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Eu acredito muito no potencial de iniciativas que visam documentar e estruturar o conhecimento sobre bateria de samba. Fazendo aqui um desabafo, eu fiquei pasmo quando descobri que quase não existem materiais decentes a respeito na literatura, e que praticamente tudo o que foi criado nas baterias ao longo dos últimos 80 anos foi transmitido por boca-a-boca. Pense bem: para tudo o que você quiser aprender hoje em dia - seja inglês, finanças, trompete, leitura dinâmica, culinária, meditação etc. - existem livros (ou textos, sites, etc) com métodos de ensino estruturados e que evoluem ao longo do tempo. Bateria de Samba é uma exceção, mesmo com centenas de novos ritmistas tentando aprender seus instrumentos todos os anos. Eu nunca entendi o porquê. Ao meu ver, esta é uma limitação imensa para o desenvolvimento das Baterias, das Escolas, do Carnaval e do Samba - ou seja, do patrimônio cultural mais importante do Brasil.
Para não ser injusto, vale mencionar as publicações que tentaram cobrir essa lacuna, como o livro "O Batuque Carioca" do Mestre Odilon Costa, o artigo da Dra. Marianne Zeh sobre a história do Tamborim e a tese de mestrado do Chico Santana sobre a bateria da Nenê de Vila Matilde. Além de materiais em língua francesa e espanhola, e diversos vídeos amadores no YouTube.
