por Carlitos
O carnaval paulista fica mais lindo a cada ano que passa e temos duas formas de assistir e acompanhar esse carnaval ao vivo: pessoalmente ou pela TV. Esse ano, tive a experiência de passar pelas duas situações: Na sexta-feira, fui ao sambódromo e vi todas as escolas, de cabo a rabo. No sábado, vi todos os desfiles, mas pela transmissão da TV. Eu, como amante das baterias que sou, pude sentir a grande diferença entre apreciar as bossas, evoluções e inovações das baterias in loco e no conforto do meu sofá e posso dizer com toda segurança algo que não é novidade: a diferença é absurda e frustrante.
Não só a energia transmitida na avenida é um diferencial, mas a captação de som da TV está realmente precária e parece não receber a atenção necessária. Os surdos de terceira estavam altos demais e as caixas e repeniques baixos demais. O coração das escolas merecia ser mais bem tratado pelas transmissões.
Outro problema em ver os desfiles em casa é que os comentaristas e editores de imagem não estão bem preparados para a transmissão no que diz respeito a mostrar a bateria. É recorrente uma bateria mostrar uma bossa e no mesmo momento, os comentaristas começarem a tecer comentários sobre a dona Genoveva, que teve tendinite por ter costurado muitas fantasias. Não que eu ache que o trabalho da dona Genoveva não foi importante e bem feito, mas precisa falar bem na hora das bossas?
E várias vezes uma bateria apresenta uma coreografia e não é filmada naquele momento. Muito triste isso, dado que a bateria é uma parte da escola que ensaia a exaustão o ano todo, ainda mais quando tem coreografia, e quer dar espetáculo, espetáculo esse que na maioria das vezes não é bem mostrado na TV.