por Jaguá
Meste Moleza, da Mancha Verde comenta o desempenho da "Puro Balanço". Vale lembrar que essa bateria foi uma das 3 que receberam apenas notas 10 dos jurados em 2012
"Bom o carnaval de 2012 acabou e com ele vieram vários aprendizados,
experiências, emoções, enfim, a sensação de dever cumprido.
Trabalhamos bastante desde a Escolinha de bateria em todos os nossos ensaios. A
parceria e empatia com o time de canto liderados pelo nosso grande amigo Freddy
Viana foi primordial. O trabalho, como contou nosso enredo, foi baseado na humildade.
Mas aí vocês me perguntam: “mas que humildade?”! Humildade de trabalhar com o regulamento
embaixo do braço, humildade de evitar fazer qualquer desenho, convenção, bossa
que talvez pudesse ser mal interpretada. Fizemos aquele famoso feijão com arroz,
mais pense naquele feijão com bacon, bem temperado que acabou de sair...(risos)
sucesso né?
Foi feito desta forma e sem perder a nossa identidade que é
um ritmo agradável de escutar, equalizado, em que quem ouve a bateria de qualquer
ângulo consegue tranquilamente escutar os naipes com os seus timbres. Ah Timbre,
esse foi nosso diferencial. Após vários testes e alguns conselhos de amigos
capacitados musicalmente, acredito que chegamos a uma afinação de surdos ideal
para o nosso ritmo. Tem muita gente por aí confundindo afinação com timbre, e
esquecendo das freqüências. O que eu quero dizer com isso? São vários
instrumentos que tocam juntos, inclusive cordas (cavaco, violão), até as próprias
vozes. Exemplificando: tem muita gente que vai afinar os surdos de 1ª e 2ª e
acha que é só colocar uma certa distância entre eles, “ahh aperta a segunda
bastante e tá bom”. Isso pode estar bom individualmente falando como naipe, mas
pode não somar legal no conjunto, pode acabar sumindo nas freqüências! Outra
questão que acredito que seja nosso diferencial é a educação musical, a forma
com que os nossos instrumentos são executados. Na minha visão instrumento foi
feito pra tirar o som, mas não tem jeito; essa maturidade rítmica vem com o
tempo, experiências em gravações, bate-papos e testes. A partir disso
descobrimos o que agrada mais os nossos ouvidos .
Agradeço de coração meu parceiro Mestre Caju, meus diretores
Nomade, Talita , Bisqui e Fuskão, todos os meus auxiliares e apoios , mas principalmente
meus ritmistas por acreditarem na proposta de trabalho, por terem honrado o
pavilhão da escola e representado os mais de 60 que foram cortados por algum
tipo de deficiência rítmica ou qualquer outro tipo de decisão da diretoria de
bateria. Agradeço também ao presidente Paulo Serdan por toda a estrutura de trabalho, toda a diretoria da
Escola e toda a nossa comunidade pelo carinho. Não poderia também, esquecer da
nossa parceira Contemporanea.
Bom é isso !!!
"Evolução rápida e constante, tenho a sede do saber e
ainda muito o
que aprender ..."
Tipo Cadência !!!
Procuremos ser: A solução, não o problema. A resposta, não a
dúvida. A flor, não o espinho. O remédio, não o veneno. O curativo, não a ferida.
O perdão, não a vingança. O diálogo, não a indiferença. O amor, não a
violência. O cuidado, não a negligência. A fé, não o fanatismo. A fraternidade,
não o egoísmo. A prática. não o discurso. A sinceridade, não a dissimulação. A
virtude, não o vício. O estímulo, não a inveja. A beneficência, não a esmola. Procuremos
amar mais, fazer mais, acreditar mais, sonhar mais, viver mais; reclamar menos,
lamentar menos, julgar menos, criticar menos. Que isso tudo sirva, não apenas
para o dia de hoje, mas para todo dia. Quando, mais do que uma lembrança, a “Boa
Nova” deve ser uma vivência cotidiana. Um mestre vai além de quem domina, é
aquele que ensina com o próprio coração, ensina a descobrir felicidade, construir
identidade, ter na vida uma paixão, um mestre permanece com o tempo, não se esquece
o seu exemplo, se torna imortal!
Mestre R . Moleza"
